3 - Árvore Que Plantei

 

 

A árvore que plantei,

não a abandonei por conta da sua própria natureza,

que certamente,

não cresceria adequadamente.

 

Assim, muitas vezes,

deixei de pensar em mim para pensar nela;

de buscar tudo que entendia,

no momento e no meu entendimento, 

de ser o melhor para seu crescimento,  

de forma que, se tornasse muito mais forte e

mais resistente às intempéries da vida.

 

O que fiz,

não foi para me abrigar em sua sombra ou

ficar protegido sob sua robustez,

mas sim, pelo prazer de vê-la muito maior do eu.

 

No entanto, se algo,

ainda, lhe faltou para seu devido crescimento,

tenho certeza,

que não teve o intuito propositado ou

egoísta de não fazer por interesses próprios.

 

Face ao que era,

fiz o que pude

ou, o que entendi, que precisava ser feito,

naquele momento circunstancial da minha vida.

 

 Num mundo pequeno,

de pequenas coisas,

que procurava superar os entraves encontrados,

 próprios do meio, com resignação,  vontade de vencer,

por isso, nunca me dei por vencido e assim andei...

 

Assim sendo, tudo que fiz,

foi tentando fazer o melhor,

se não foi, certamente,

houve a sincera intenção para que fosse.

 

 Nesse intuito,

desejava que crescesse,

e que se tornasse maior do que eu,

não para diante de sua grandeza,

enxergar quanto pequeno eu sou...

 

Apesar de tudo e por tudo,

Tentei cumprir o meu dever e continuo tentando,

convicto de que errei, mas sem sofrer por isso

ou me orgulhar do que fiz. 

 

João C. de Vasconcelos