8 - Circunstâncias de Vida
Vivem-se no mundo das circunstâncias,
e nessa cegueira humana,
querem mudar o mundo e se esquecem,
antes de tudo, de mudar a si mesmos.
Não sabem o que são e porque são,
mas querem que tudo seja de acordo
com as suas exigências.
Cegos que são, míopes de alma,
querem enxergar o longe,
quando nem o perto conseguem ver,
mas ainda assim, pretendem mudar o mundo de Deus,
quando desconhecem o Deus do mundo.
O que sabem?
Será que pensam serem os donos da verdade?
Estão muito enganados, certamente que não são!
Voltemos no tempo, tão somente,
para tirar uma aprendizagem de vida,
pois só assim, justifica a volta e assim sendo,
relebremos o que Sócrates,
o grande filósofo, já dizia há 400 anos a.C.:
... Sei que nada sei...
Portanto, somos demasiadamente pequenos
para querer mudar o grande.
Talvez por isso, não fomos criados tão grandes,
mas sim pequenos, exatamente,
para que nos tornemos voluntariamente grandes e
quando isso ocorrer, não devemos nos esquecer,
que seremos sempre infinitamente pequenos diante de Deus.
Contudo, lembremos que somos responsáveis pelo que somos,
pelo que temos e nesse sentido, podemos dizer:
o que buscaremos ter, teremos, da mesma forma,
o que buscaremos ser, seremos.
Finalmente, podemos concluir que somos o que procuramos ser,
pois, “Nada vem de graça, toda graça necessita de um estado de graça”
(Huberto Rodhen).
Diante da vida, pela vida e na vida,
aprendemos que não precisamos viver para mudar o mundo,
mas precisamos viver no bem, fazer o bem,
que o mundo transformar-se-á num mundo bom,
onde o mal deixará de existir por falta de espaço.
João C. de Vasconcelos