102 - Silêncio do Mundo
Minha alma chora,
No silêncio do mundo,
Há na vida, horas,
Que a dor é profunda.
As lágrimas caídas,
Não molharam o rosto,
Foram elas absorvidas,
Com amargo gosto.
Minha alma se abriu,
Por pura sensibilidade,
Quem a visitou, não sentiu,
A mesma felicidade.
Entrou dentro de mim,
Alterando o que sou,
Sem início, meio e fim,
Saiu rápido, como entrou.
Deixou tudo fora de lugar,
Mexeu, onde não devia,
Ninguém pode mudar,
As coisas que não cria.
João C. de Vasconcelos
