20 - DAMA DA NOITE

 

Ó flor desconhecida!

O sol nunca te ver,

Tens tu, curta vida,

Morres ao amanhecer.

 

Flor de uma noite, somente,

No escuro, resplandeces,

Vives silenciosamente,

Quando o dia escurece.

 

Flor de beleza ímpia,

De pétalas alvejadas,

Vem a noite, foge o dia,

Vou vê-la desabrochada.

 

Es grande e delicada,

De árvore pequena, nascida,

Nem por abelhas, és tocada,

Pela natureza, protegida.

 

O sol nunca te viu,

Em botão permaneces,

A noite nunca permitiu,

Ferir o belo que ofereces.

 

Flor que nasce bela,

Não perde pétalas, quaisquer,                  

Morre como uma estrela,

Escurece onde estiver.

 

És das noites, a dama,

Diferente das demais,

Não poderás ser dada,

Além da noite que tens.

 

A natureza te preserva,

De uma forma especial,                  

Tua beleza, conservas,

Da forma tão natural.

 

No jardim, quero tê-la,

Ó símbolo da natureza!

E de noite poder vê-la,

Sem ferir tua beleza.

 

João C. de Vasconcelos


Contacto

quantumdeenergia.WEBNODE.PT

Santos, São Paulo - Brasil

E- mail py2rmm@gmail.com