54 - Minha Flor

 

Minha bela flor, chorou,

No meu lindo jardim,

O espinho que lhe furou,

Doeu, também, em mim.

 

Ó flor muito querida!

Com pétalas esmaecidas,

Quero curar suas feridas,

Trazê-la, feliz, à vida.

 

Seu perfume me acalma,

Sua beleza é meu encanto,

Ó estrela de minha alma!

Que a escuridão, espanta.

 

O pontiagudo espinho,

Faz parte do seu viver,

Como gravetos do ninho,

Do lindo berço do nascer.

 

Esse espinho se descuidou,

Não lhe deu a proteção,

Sem perceber, machucou,

A intermediária da criação.

 

O espinho quis quebrar,

Pois feriu minha flor,

Logo, pude lembrar,

Fomos nós que o criou.

 

Minha flor, minha vida!

Que tão cedo desabrochou,

Tem a mais forte guarida,

Do Universo que lhe criou.

 

Intempéries não lhe venceu,

Nem o espinho que lhe furou,

Tem em si o jubileu,

De quem tudo perdoou.

 

Perdoar é conquista relevante,

Para burilar as facetas,

Dando a beleza ao diamante,

Criando formas mais perfeitas

 

Resistiu todos os ferimentos,

Recobrou sua beleza,

A vida é feita de momentos,

Está aí, toda riqueza.

 

Minha flor, quero lhe beijar,

Pelo meu reconhecimento,

Suas pétalas acariciar,

Sem causa constrangimento.

 

Consagro-lhe meu eterno amor,

Por ser e por mim ter sido,

Agradeço ao Supremo Criador,

Do seu lado viver e ter vivido.

 

João C. de Vasconcelos 

 


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