57 - Minhas Raizes

 

Lembro-me da raiz,

Que ficou muito distante,

De uma infância feliz,

Perdida no horizonte.

 

Tentei trazê-la de volta,

O que em mim, ainda, vivia,

Naquele lugar, estava morta,

Só dentro de mim existia.

 

O tempo, lentamente, matou,

O que em mim, sempre viveu,

O meu ego a terra cavou,

Pra achar pedaços do meu eu.

 

Foi inútil, nada encontrou,

O tempo com ela sumiu,

Aquela terra, não guardou,

O que meu ser tanto viu.

 

Onde estão aqueles dias,

Que o sol, sempre brilhava

E as estradas que corria,

Que a poeira levantava?

 

Com liberdade de passarinho,

Num paraíso da natureza,

Que não guarda seu ninho,

Por não ser, de ninguém presa.

 

Vida simples de liberdade,

De muitos sonhos e ilusão,

Naquela pequena cidade,

Que senti os pés no chão.

 

Tudo lá se modificou,

Nada mais encontrei,

Nem vestígio ficou,

Da infância que guardei.

 

Não esquecerei a liberdade,

Nem daquela simples morada,

Que continha a felicidade,

Que meu ser sentia e sonhava.

 

Ficou, apenas, saudade,

Aqui, dentro do peito,

Não há retroatividade,

O tempo passa, não tem jeito.

 

Meu Deus! Isso é passado,

Preciso deixá-lo ausente,

Continuar o meu traçado,

Vivendo, bem o presente.

 

João C. de Vasconcelos


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