99 - Sem Explicação

 

Ó meu Deus!

Não posso entender!

Ver irmãos meus,

Na vida a sofrer.

 

Consulto a razão,

Não encontro motivos,

Da infame intenção,

De fazer feridos...

 

São tantas futilidades,

Sem razão de existir,

Não se sabe a verdade,

A quem quis ferir.

 

Por que quis criar,

Um mundo fantasioso?

E nele disseminar,

Gás impuro e venenoso!

 

Ó saber do Universo!

Peço ajuda ao necessitado,

Muito amor e progresso,

Em toda sua caminhada.

 

O castelo que criamos,

Com o alicerce do amor,

Por toda vida conservamos,

Não cai com qualquer dor.

 

As portas que se abriram,

Abertas sempre estarão,

Não para os que abrigam,

Ódio e rancor no coração.

 

O castelo que construímos,

Não tem santos de manto,

Têm, apenas, peregrinos,

Que se juntaram, num canto.

 

João C. de Vasconcelos

 

 


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